BE, o novo disco do Beady Eye, tem dado o que falar desde o seu lançamento em junho: seja pelas declarações de Laim Gallagher, que disse que abandonaria a música se o álbum não vingasse, até a controvertida capa do disco – que não se reflete no encarte, o que decepciona qualquer um.
O segundo single do disco, Shine a light, segue o padrão “sexual” da arte e faz perguntar se a MTV vai permitir que ele se transmitido em qualquer horário.
Depois de lançar o controvertido Oceania, que dividiu opiniões em 2012, Billy Corgan e sua trupe preparam mais uma grata surpresa para seus fãs. O Smashing Pumpkins vai relançar – no dia 29 de julho – a caixa The Aeroplane Flies High, que havia saído, originalmente, em 1996. No entanto, além das 33 músicas que continha na época, o re-issue trará também outra 90 canções – entre takes altertivos, outtakes e coisas mais.
Como se isso já não fosse o bastante, a caixa contará com um CD ao vivo – com gravações de diversos shows da tour do Mellon Collie and the Infinite Sadness, um dos álbuns mais emblemáticos da banda. No total, a caixa trará 6 CDs, 5 vinis e um DVD.
As coisas estão esquentando em 2013: a volta de David Bowie e do Suede, discos novos do Flaming Lips, Kings of Leon, do Beady Eye e também do Arctic Monkeys. E, por falar, no Arctic Monkeys, eles divulgaram nesta quinta-feira (18) mais uma música do álbum AM, que deve sair em setembro.
Assim como “Do I wanna know?”, “2013” tem aquela pegada do Humbug e do – famigerado, mas muito bom – Suck it and see. Por sinal, a faixa vai b-side do compacto de “Do I wanna know?” que sai na próxima segunda-feira (22).
É o tempo dos retornos. Sem nada de novo desde Come around the sundown, de 2010, o Kings of Leon já começa a deixar um gostinho de apreensão nos fãs ao divulgar a primeira música de seu novo disco Mechanical Bull, previsto para 24 de setembro. “Supersoaker” saiu nesta quarta-feira (17), mas deve ser apresentada na próxima segunda-feira (22) no programa Jimmy Fallon.
Entre os lançamentos mais esperados – a partir do segundo semestre – estão Franz Ferdinand, Arctic Monkeys e a coletânea de raridades e b-sides do Belle & Sebastian.
A levar em conta o histórico audacioso de Wayne Coyne, mente e voz do Flaming Lips, não é de se admirar o que os norte-americanos foram capazes de fazer no vídeo de “Turning violent”, single tirado do álbum The Terror, lançado em abril deste ano.
Sem deixar de lado o experimentalismo, o vídeo tira o espectador de sua “paz de espírito” tão logo é possível. (Mas isso não é novidade para os fãs do Flaming lips.)
Por falar em esquisitice, deve chegar às lojas ainda em 2013 o disco Lip$ha, parceria dos psicodélicos com a estranha Ke$ha – algo tão bizarra quanto a parceria entre o Lou Reed e o Metallica, que originou Lulu, um dos piores discos de 2011.
Dia internacional do cassete. Até que demorou para chegar, mas aproveitou o oportuno momento em que as fitinhas estão voltando com tudo – impulsionado pelos lançamentos recentes no formato, como o duo Treasureseason que deu vida ao seu primeiro EP em K7.
Marcado para 7 de setembro, o Dia Internacional das Lojas de Cassete, como os organizadores têm chamado o evento, conta com colaborações pesadas de gravadoras como a Domino, do Franz Ferdinand e Arctic Monkeys, a Rough Trade, do Belle & Sebaatian e The Smiths, e a 4AD, do Cocteau Twins. Entre os artistas que já confirmaram presença no evento estão Flaming Lips, At the Drive-in e Fucked up.
A ideia é muito simples e similar ao Record Store Day (RSD): levantar as vendas do formato por meio da paixão e da obsessão de colecionadores. Como essa é a primeira edição, ainda é cedo para dizer se vai dar certo como o seu irmão mais velho, o RSD, mas eventos ao redor do mundo já pipocam para celebrar o cassete.
Antes de anunciar que não tem planos para (voltar com) o Radiohead, Thom Yorke botou a boca no trombone contra o Spotify – serviço de streaming que se tornou moda mundo a fora e é usado para divulgação de trabalhos de artistas como David Bowie. Reclamando que o serviço/empresa se vale do nome de astros consagrados – como o próprio Yorke -, o vocalista do Radiohead afirmou que o site paga quantias miseráveis aos novos artistas que tentam colocar seu trabalho na plataforma.
“Não se enganem, os novos artistas que vocês descobrirem no Spotify não serão pagos. Enquanto isso, os acionistas em breve estarão rolando em dinheiro. Simples”, esbravejou o cantor ao jornal britânico The Guardian. Para deixar clara a sua revolta, Thom Yorke retirou, Amok, o disco de estreia de sua (nova) banda Atoms for Peace – que mantém com baixista Flea do Red Hot Chilli Peppers – e também The Eraser, seu primeiro e único disco solo.
Não demorou para que os burburinhos fossem confirmados: Lana Del Rey está no line-up do Planeta Terra deste ano – que acontece no Campo de Marte, em São Paulo, no dia 9 de novembro. Essa é a primeira vez que a moça pisa em solo tupiniquim.
A cantora é um dos nomes maus hypados dos últimos tempos e pisará no mesmo palco que nomes consagrados da música, como Blur, Beck, Palm Violets e o brasileiro BNegção. Outro nome do momento, Clarice Falcão, também já confirmou presença no evento.
A pré-venda das entradas começa no dia 22 de julho para clientes do cartão Ourocard, os demais terão de esperar até o dia 26 e poderão adquiri-los pelo Tickets for fun. O primeiro lote, dos 30 mil ingressos disponíveis, custa R$ 300. O segundo e terceiro lotes vai sair pela bagatela de R$ 330 e R$ 350, respectivamente.
A censura chega a beirar a burrice. O jornalista sergipano José Cristian Góes foi condenado a sete meses e 16 dias de prisão por ter escrito um texto ficcional sobre o coronelismo, mas que acabou por ofender um desembargador do estado que, por uma estranha coincidência do destino, é cunhado do governador do estado Marcelo Déda (PT).
Sem dar nomes aos “bois”, nem indicar lugares, o texto de Góes, escrito em primeira pessoa, fez com que Edson Ulisses se sentisse incomodado, para dizer o mínimo, com a expressão “jagunço da lei” e resolveu por punir o jornalista. Eu, o coronel em mim, publicado originalmente, em maio de 2012, possui tom confessional e conta com trechos polêmicos como: “Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde…se morrer ‘é porque Deus quis’.”
A atitude do desembargador em calar, porque não há outra palavra para um ato como esse, o jornalista que, por meio de um texto ficcional, de estilo crônica – vamos deixar tudo bem claro, por isso tanta explicação -, e que, portanto, é inspirado em fatos reais, pode se tornar um precedente para que algo tão arcaico e brutal se dissemine por aí.
Mas não teve jeito: o quiproquó sobre a condenação, ou não, já dura desde o ano passado, porém, a sentença saiu no último dia 04 e foi confirmada por Góes. Realmente, a realidade é muito mais estranha que a ficção.
Chico Buarque é uma daquelas figuras-prodígio que aparecem poucas vezes na Terra. Completando 69 anos nessa quarta-feira (19), Chico atravessou diversos momentos em sua vida e em sua carreira chegando, em muitos momentos, a criar a confusão das ideias entre o que é arte e o que é mundo real. Prova disso é sua incursão pela música, literatura e teatro, cada uma com competência e qualidade, tanto que não são poucos os prêmios que acumulou, como o Jabuti, pelo livro Leite derramado, de 2009, que, apesar de toda a polêmica, foi mais merecido.
Figura importante no processo de redemocratização do Brasil, Chico chegou a ter de ir embora – em uma espécie de autoexílio – para a Itália, além de criar um heterônimo, assim como Pessoa, um dos de seus poetas preferidos, para fugir da censura que já não avaliava mais suas letras, simplesmente as vetava. Julinho da Adelaide, o “alter ego” malandro criado por Chico, era filho de uma negra com um alemão e chegou dar diversas entrevistas aos jornais brasileiros.
Nessa época, Chico Buarque havia se transformado em um verdadeiro herói da resistência, criando uma aura ainda maior em torno de si, mas ainda assim permaneceu avesso aos holofotes que tanto o persegue. Tímido, ele nunca escondeu que não gosta de aparecer e que não é muito afeito aos shows que seus fãs tanto pedem.
Bastidores
Quando “reapareceu”, em 2011, com Chico e uma turnê que percorreu todo o Brasil, houve a prova de que a admiração por ele não tem idade. Não era difícil encontrar um público heterogêneo em seus múltiplos sentidos: homens, mulheres, crianças, enfim, gente de todas as idades. Os vídeos que eram disparados diariamente com cenas de bastidores da gravação do álbum se transformaram em coqueluche e povoavam as redes sociais.
Quase chegando aos 70 anos, Chico Buarque é tão atual como quando tinha 20. O homem mudo. O artista, também, no entanto, sua importância cresce com o passar dos anos e se transforma em parte da história cultural do Brasil.